Nota do Editor: Este guia foi atualizado em 2023 por Leonardo Peralta e editado por Nikolia Apostolou, membros da GIJN.
O tema da violência sexual continua sendo delicado, se não tabu, em grande parte do mundo e frequentemente não é noticiado. O jornalismo de denúncia tem começado a investigar a fundo casos de violência sexual, mas essas investigações ainda são relativamente escassas, considerado o número estimado de casos mundiais.
O guia a seguir é baseado em dicas e técnicas descritas durante o webinar Investigating Sexual Abuse (em português, Investigando o abuso sexual), realizado pela GIJN em novembro de 2020, e complementado por uma pesquisa do Centro de Recursos da GIJN que analisou casos relevantes, organizações úteis e guias. O webinar apresentou, como palestrantes, Lénaïg Bredoux, editora de gênero da Mediapart; Sophia Huang, jornalista freelancer na China; Ashwaq Masoodi, jornalista freelance na Índia; e a moderadora Susanne Reber, produtora-executiva de podcasts na Scripps, empresa de mídia dos Estados Unidos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência sexual como “qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários ou avanços sexuais indesejados, ou atos de tráfico ou de outra forma dirigidos contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção, por qualquer pessoa, independentemente de seu relacionamento para a vítima, em qualquer ambiente, incluindo mas não limitado a casa e trabalho”.
Em zonas de conflito, a situação é perigosa – de acordo com a ONU, para cada estupro documentado em guerras, entre 10 e 20 não são denunciados. Mas mesmo em sociedades mais estáveis, os números são alarmantes. De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, quase 80% dos estupros e agressões sexuais não são denunciados. Na Indonésia, o Lentera Sintas, um grupo de apoio a vítimas de estupro, informou que esse número é superior a 90%. Enquanto isso, a Universidade do Sul da Dinamarca descobriu que, apesar de o país nórdico ser considerado um dos mais seguros para as mulheres, 890 estupros foram relatados em um ano, enquanto 24.000 mulheres realmente sofreram estupro ou tentativa de estupro. Entre os motivos para se recusarem a denunciar as agressões, as sobreviventes mencionam a vergonha, o medo de represálias, julgamentos ou até mesmo o ostracismo de seu grupo social, além da injustiça que podem enfrentar em processos criminais.
Este guia é baseado em dicas e técnicas extraídas do webinar da GIJN, Investigando o abuso sexual (veja o vídeo do YouTube abaixo).
Sete dicas para reportar violência sexual
1. Pesquise leis e estatísticas
Pesquise as condições locais e entenda o ambiente cultural.
- Colete estatísticas para sua região; encontre dados sobre a prevalência da violência sexual.
- Esteja ciente de que as estatísticas indicam que a maioria das vítimas não relata agressões sexuais às autoridades policiais.
- Que porcentagem foi denunciada à polícia? Que porcentagem não foi?
- Quantos casos foram processados? Que porcentagem resultou em condenação ou absolvição?
- Entenda as leis, regulamentos e definições relevantes de termos comuns.
- Encontre especialistas, grupos ou organizações para ajudar a tornar sua história mais precisa e fornecer diferentes perspectivas.
2. Encontre histórias
Na sessão Investigando o Assédio Sexual na Conferência Global de Jornalismo Investigativo de 2019, Pascale Mueller, do BuzzFeed News Germany, listou estas maneiras de encontrar histórias:
- Dicas de fontes anônimas (via Signal ou SecureDrop).
- Dicas de pesquisadores/sindicalistas.
- Dicas dos próprios sobreviventes ou testemunhas.
- Participe de grupos de mídia social e faça perguntas.
- Tenha uma maneira pública, facilmente acessível e segura para as pessoas entrarem em contato com você.
- Entre em contato com a comunidade que deseja cobrir.
3. Crie confiança
Seja claro com os sobreviventes sobre seu processo e explique seu trabalho a cada passo do caminho.
- Diga a eles que será um caminho longo e difícil, e é seu trabalho corroborar as informações.
- Reconheça o risco que eles correram para se manifestar.
- Explique por que levará tempo, como você trabalha e como coleta evidências.
- Entenda que se trata de consentimento contínuo e é um relacionamento, não uma transação.
- Os sobreviventes podem ter sido privados de seu arbítrio (poder); deixe-os decidir como se comunicar, onde se encontrar, quando falar e por quanto tempo.
- A repórter investigativa do Mediapart, Marine Turchi, observa que há “um tempo para ouvir e um tempo para verificar os fatos”.
4. Compile evidências
Não é apenas uma questão de “ele disse, ela disse”. Muitas vezes, há evidências tangíveis que podem ser compiladas. Portanto, quando lhe disserem que “não há provas”, procure um conjunto de evidências:
- Documentos, mensagens de texto, e-mails, conteúdo de mídia social, diários, cartas e fotos dos sobreviventes para mostrar que se conheciam.
- Documentos de familiares, amigos, colegas da vítima e do acusado.
- Outras vítimas ou testemunhas, relatos em primeira pessoa.
- As vítimas podem ter deletado suas mensagens para o perpetrador, mas muitas vezes podem ter falado sobre isso com outras pessoas. Procure maneiras de recuperar mensagens excluídas.
- Registros financeiros ou legais, como registros disciplinares, testemunhos e ações judiciais. Isso pode revelar quem mais estava envolvido e quem mais sabia.
- Verifique datas e locais para criar uma linha do tempo.
5. Reconheça Padrões
A violência sexual tem a ver com poder e dominação.
- As histórias são mais fortes quando envolvem várias vítimas porque mostram um padrão.
- Várias testemunhas podem ter falado com o perpetrador e podem dizer se a pessoa usou linguagem ou comportamento sexista, mostrando padrões de comportamento.
- Compreender os desequilíbrios relacionados a gênero, classe social e hierarquias.
- Contate instituições acusadas de cumplicidade, mas não revele tudo o que sabe nem dê pistas sobre as suas fontes.
6. Use linguagem precisa
Escolha cuidadosamente palavras e frases. Definições importam. Estupro é violência, não “sexo”.
- Deixe os sobreviventes escolherem palavras que se encaixem em suas situações (por exemplo, “sobrevivente”, “vítima”).
- Evite fazer perguntas do tipo “porque” aos sobreviventes, o que pode sugerir que eles foram os responsáveis de alguma forma.
- Questione as falhas institucionais, não a vítima. Pergunte “O que o impede de ir à polícia?” não “Por que você não foi à polícia?”
7. Reconheça sua responsabilidade
Relatar histórias de agressão sexual requer uma combinação de compaixão, empatia, sensibilidade, respeito e consciência psicológica. Relatamos as histórias quando um problema privado se torna uma preocupação pública.
- Respeite os sobreviventes e seu direito de dizer não e de fazer suas próprias escolhas.
- Tenha equilíbrio constante entre empatia e fatos.
- Depois que a história for publicada, mantenha contato com a vítima.
- Após a publicação, os sobreviventes podem encontrar consolo com outras vítimas ou grupos.
Estudos de caso
Confira agora uma seleção de histórias recentes sobre investigações de abuso ou violência sexual.
Suposto abuso sexual por trabalhadores humanitários por anos sem controle no campo da ONU no Sudão do Sul (2022). Esta investigação do The New Humanitarian e da Al Jazeera baseia-se fortemente em documentos não publicados e faz parte da cobertura contínua do TNH sobre a responsabilidade do setor de ajuda humanitária em torno do abuso sexual.
Novas alegações de abuso sexual contra trabalhadores humanitários do Ebola expostas no Congo (2021). Uma investigação do The New Humanitarian e da Thomson Reuters Foundation sobre as reivindicações de 22 mulheres em Butembo, que alegaram que trabalhadores humanitários da ONU, no leste da República Democrática do Congo, lhes ofereceram empregos em troca de sexo ou as estupraram.
As únicas presas após o estupro de uma criança: as mulheres que a ajudaram (2021). Um artigo do New York Times sobre o ataque a uma menina de 13 anos na Venezuela e a prisão de sua mãe e de uma professora que a ajudou a interromper a gravidez. A prisão das duas mulheres, enquanto o estuprador permanecia em liberdade, gerou um debate nacional sobre a legalização do aborto.
Expomos o abuso sexual de trabalhadores humanitários durante o surto de Ebola. E agora? (2021). A New Humanitarian e a Thomson Reuters Foundation entrevistaram mais de 70 mulheres que disseram que trabalhadores humanitários de algumas das maiores organizações do mundo lhes ofereceram trabalho em troca de sexo durante o surto de Ebola na República Democrática do Congo entre 2018 e 2020.
As jornalistas francesas responsáveis pelas investigações pioneiras sobre violência sexual (2020). Marthe Rubio conversa com Lénaïg Bredoux e Marine Turchi sobre as metodologias e motivações por trás das investigações do site francês Mediapart sobre a violência sexual.
O impacto do #MeToo na França: Uma entrevista com Lénaïg Bredoux (2019). Em conversa com Aida Alami, para a New York Review of Books, Bredoux examina o seu trabalho na cobertura de alegações de má conduta sexual e a defesa do mesmo em tribunal.
Verified (2020). Verificado, em português. O podcast investigativo com 10 episódios, da Investigative Reporting Network Italy (IRPI) e da empresa americana Stitcher, conta a história de um predador sexual que drogou e agrediu mulheres de férias na Itália. A RivistaStudio analisa o podcast no texto Lo Stupratore su Couchsurfing (O Estuprador no Couchsurfing, em tradução livre).
Um despertar do #MeToo agita o Iran (2020). Acusações de má conduta sexual ao longo de 30 anos são apresentadas contra o artista iraniano Aydin Aghdashloo.
Rodney Edwards: Como um homem corajoso entrou em nossa redação para revelar chocantes casos de abusos (2019). Edwards escreve sobre como ele e as vítimas de abuso infantil expuseram irregularidades em sua investigação premiada.
As séries do New York Times e New Yorker sobre Weinstein e outros (2018). O Prêmio Pulitzer de Serviço Público foi dividido pelo The New York Times, pelas reportagens lideradas por Jodi Kantor e Megan Twohey, e pelo The New Yorker, pelas reportagens de Ronan Farrow, como reconhecimento de um jornalismo que expôs predadores sexuais poderosos e ricos.
“Ela disse” reconta como duas repórteres do Times deram o furo sobre Harvey Weinstein (2019). Uma resenha do livro que surgiu da investigação do The New York Times sobre Harvey Weinstein e outros homens importantes envolvidos em abuso sexual sistêmico.
Conselhos para repórteres que trabalham com sobreviventes de abuso infantil (2019). Dicas jornalísticas extraídas da Conferência Global de Jornalismo Investigativo de 2019, para conduzir investigações delicadas sobre abusos.
A patologia de um predador (2019). A série de quatro reportagens do site australiano Crikey denunciou a pedofilia na Igreja Católica por meio de entrevistas com padres, fiéis, seminaristas e vítimas. Suzanne Smith foi a autora de The Altar Boys (Os Rapazes do Altar, em tradução livre), um texto sobre pedofilia clerical, publicado em 2020.
Jornalistas investigativos impulsionaram a reportagem #MeToo em universidades da China (2018). Três casos ocorridos nas principais universidades chinesas formaram a linha de frente da reportagem de Ying Chan, Siran Liang e Lizzy Huang, sobre o movimento #MeToo em território chinês.
Como o #MeToo China inspirou um modelo de jornalismo investigativo focado no conteúdo gerado pelo usuário (2018). É a segunda de uma série de reportagens sobre a onda de matérias investigativas por trás do movimento #MeToo na China, por Ying Chan, para a GIJN.
Tardiamente, The Indianapolis Star recebe o que merece pela investigação do caso da Ginástica (2018). Essa peça explora os dois anos do projeto investigativo que levou à prisão do ex-médico da equipe nacional de ginástica dos Estados Unidos, acusado de molestar mais de 100 garotas, inclusive, atletas olímpicas.
O que acontece quando o #MeToo acaba em julgamento (2018). O jornalista Ashwaq Masoodi escreve sobre o longo caminho trilhado por vítimas de assédio sexual até a justiça, na Índia.
A investigação do Politiken (2018) sobre abuso de atores infantis na indústria cinematográfica dinamarquesa.
Cobrindo a agressão sexual (2017). Reportagens sobre estupro e agressão sexual desafiam os jornalistas a estabeleceram uma relação de confiança com as fontes e evitarem injetar preconceitos na história. No artigo do NiemanReports, Michael Blanding escreveu sobre a importância da cobertura das os casos de assédio sexual e sobre a melhor forma de fazê-la.
Não há #MeToo na China? O silêncio das jornalistas diante do assédio sexual (2017). Um perfil da jornalista chinesa Sophia Huang Xueqin e as particularidades do assédio e abuso sexual na China.
A investigação da Rolling Stone: “O erro que poderia ter sido evitado” (2015). A investigação conduzida pela Faculdade de Jornalismo da Columbia University sobre uma reportagem sobre um estupro no campus que teve que ser retratada, devido a falhas na reportagem na edição, na supervisão editorial e na verificação de fatos.
Bangladesh: Protestos eclodem após caso de estupro (2020). Segundo o Human Rights Watch, estupradores raramente são incriminados em Bangladesh, que tem uma taxa de condenação por estupro menor do que 1%. Mulheres, frequentemente, confessam à imprensa que não se sentem confortáveis em formalizar a denúncia à polícia.
Violência sexual: A polícia de Uganda deve apoiar as vítimas, em vez de culpá-las (2020). Em texto do Human Rights Watch.
Encontrando coragem para cobrir a violência sexual (2014). Frank Smyth, da organização nova-iorquina Committee to Protect Journalists (Comitê para a Proteção de Jornalistas) revisa as estratégias e as repercussões na cobertura de assédio sexual.
Investigando Estupros: Uma análise de como polícia e procuradores abordam as alegações de estupro (2014). As investigações da iniciativa britânica Bureau of Investigative Journalism incluem estudo de casos e relatórios de comitês independentes.
Abusos na Igreja Católica (2003). O jornal The Boston Globe ganhou o Prêmio Pulitzer, na categoria Serviço Público, pela ampla cobertura do abuso sexual cometido por padres da Igreja Católica Romana (dramatiza pelo filme Spotlight). O Dart Center – Centro de recursos e estudos para jornalistas que cobrem violência, conflitos e tragédias em todo o mundo – conversou com a equipe envolvida em Spotlight, em 2016, sobre como foi criada a reportagem. Veja as oito lições de David E. Kaplan, da GIJN, sobre o jornalismo investigativo de Spotlight.
Organizações e Guias Úteis
O Dart Center for Journalism & Trauma: Reporting on Sexual Violence tem muitas fontes para a cobertura de violência sexual, incluindo rápidas dicas para cobertura (inclusive em Árabe e Japonês) e como manter o limite entre fontes e colegas.
Melhores práticas para jornalistas que cobrem violência sexual relacionada a conflitos (2022). A GIJN relata como cobrir a violência sexualizada quando ela é frequentemente usada como arma de guerra, atingindo comunidades inteiras.
Entrevistando Crianças Testemunhas e Vítimas de Abuso Sexual (2022). Este guia descreve abordagens e técnicas que são projetadas para serem legalmente defensáveis enquanto minimizam mais traumas para a criança entrevistada. Essas técnicas enfatizam a manutenção de uma perspectiva objetiva por parte do entrevistador, evitando perguntas indutoras, especialmente com crianças pequenas, que podem ser suscetíveis às sugestões dos adultos.
Minha história não é sua pornografia de trauma: como não entrevistar sobreviventes de agressão sexual (2021). Neste artigo, uma sobrevivente de agressão sexual relembra a experiência de concordar com uma entrevista sobre sua agressão e explica os erros cometidos pelos produtores ao marcar a entrevista e as perguntas que fizeram a ela.
A Fundación Gabo, criada pelo jornalista colombiano Gabriel García Márquez para incentivar o jornalismo de excelência, traduziu para o Espanhol a lista de dicas do Dart Center para jornalistas que estejam cobrindo casos de estupro. A IJnet Español fez o mesmo.
Organização em prol da imprensa independente no Reino Unido, a Independent Press Standards Organisation (IPSO) estabelece as leis e orienta repórteres investigando casos de violência sexual.
A Angles, também sediada no Reino Unido e que trabalha para gerar mais conscientização a respeito da violência ou abuso sexual e doméstico, oferece recursos, estatísticas, diretrizes de denúncia e contatos úteis para jornalistas.
A Comissão Africana de Direitos Humanos (African Comission on Human and Peoples’ Rights) foi criada fora dos países da África para enfrentar questões relativas aos direitos humanos, principalmente relacionadas à violência sexual. Leia aqui o manual elaborado pela Comissão para combater à violência sexual e suas consequências em toda a África.
O Africa’s Institute of Security Studies (Instituto para Estudos de Segurança na África, em tradução livre) divulga recursos para todo o continente, incluindo um resumo da política de violência sexual na África do Sul.
Safe Spaces (Espaços Seguros, em português) luta para ser um hub sul-africano de informações-chaves sobre recursos, boas práticas e divulgação de eventos que englobam todos os aspectos relacionados à segurança, bem como a prevenção de crimes e da violência, inclusive sexual.
O portal de notícias humanitárias ReliefWeb, do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), produziu um manual para jornalistas que denunciam a violência contra mulheres e meninas.
A Sexual Violence Research Initiative (SVRI) é uma rede global de pesquisa sobre violência contra mulheres e crianças.
A organização não governamental norte-americana National Sexual Violence Resource Center (NSVRC) trabalha para promover, na imprensa, denúncias de violência sexual.
Sediada nos Estados Unidos, a Rape, Abuse & Incest National Network (RAINN) é a maior organização de combate à violência sexual no país. E produz guias e manuais como o Dicas para Entrevistar Sobreviventes (em inglês, Tips for Interviewing Survivors), voltado para jornalistas, e um glossário com os principais termos e palavras.
A Promotoria e Investigação de Violência Sexual do Human Rights Center, na Faculdade de Direito de Berkeley, University of California, expõe as dificuldades que surgem na investigação de violência sexual.
Reporting on Rape & Sexual Violence: A Media Toolkit to Better Media Coverage (em tradução livre, Reportagens sobre estupro e violência sexual: um kit de ferramentas midiáticas para melhorar a cobertura jornalística), elaborado pela Força-Tarefa de Chicago para combater a violência contra meninas e jovens mulheres, inclui exemplos de boas e más reportagens sobre violência sexual, junto a dicas e notas sobre como entender as estatísticas.
Mesmo que os manuais a seguir tenham sido escritos para a imprensa norte-americana, elucidam uma série de dúvidas e processos: Denunciando Agressões Sexuais: Um Guia para Jornalistas, da Coalizão de Michigan para o Fim das Violências Doméstica e Sexual, e o Denúncia de Violência Sexual: Um Guia para Jornalistas, da Coalizão de Minnesota contra Agressão Sexual.